Os meios de comunicação, de modo particular a internet, que transformou em verdadeiro espaço social virtual, podem reforçar e estimular o intercâmbio de experiências e informações que intensificam as relações humanas, porém não substituem as relações pessoais presenciais nem a vida comunitária.
A Igreja vem insistindo que, não obstante a importância dos meios digitais de comunicação no favorecimento do diálogo entre as pessoas, eles não suprem a comunidade local, onde se dão os contatos diretos, onde acontecem as liturgias e os sacramentos e onde o cristão é chamado a viver o evangelho da partilha e da fé, dos compromissos comunitários e dos bens materiais.
É preciso vigilância para que os meios digitais não se restrinjam aos contatos com quem está longe, mas sejam também usados para incrementar as relações humanas da vida da comunidade local. Considerando, por exemplo que a internet permite uma comunicação direta, imediata, interativa e participativa, pode ser ótimo caminho para estreitar a comunhão entre as pessoas que formam a comunidade de fé.
Há comunidades paroquiais e dioceses que ainda não se deram conta do recurso extraordinário de relações humanas que é a internet. Aliás, é surpreendente ver igrejas com deficiências em aspectos básicos relacionados a comunicação, tais como o sistema de som, a acústica ou a iluminação dos ambientes celebrativos. É preciso aguçar a sensibilidade para aprimorar a comunicação, se desejamos uma evangelização eficaz.
