sábado, 22 de agosto de 2015

Mais uma profanação de tumbas em cemitério católico na França. Bispo expressa seu rechaço

Foto Referencial - Crédito:FranckChicot(CC-BY-NC-SA-2.0)
REDAÇÃO CENTRAL, 22 Ago. 15 / 11:00 am (ACI).- Um bispo francês condenou energicamente o último ataque realizado no início deste mês no cemitério de Labry – localizado na região da Lorena no nordeste da França –, especificamente contra os símbolos cristãos em 40 tumbas.
Estes tipos de ataques começaram a acontecer, cada vez com mais frequência, desde ano passado.
A respeito, as autoridades do cemitério divulgaram um comunicado oficial no qual recordam que Dom Jean-Louis Papin, Bispo de Nancy e Toul, explicou que o “cemitério é um lugar sagrado e deve ser respeitado. Nada justifica este tipo de ataque e os culpados deveram ser firmemente condenados”.
Dom Jean-Louis Papin expressou ainda que não deve existir nenhuma confusão ou erro durante as investigações da polícia e uniu-se à dor das famílias cujas tumbas de seus entes queridos foram profanadas.
Por sua parte, Pe. Gerard Cappannelli, pároco da Igreja de Sainte Claire, disse à mídia que os autores destas profanações – que seria um par de adolescentes góticos – devem “respeitar um cemitério como alguém respeita a si mesmo”.
De mal a pior
Estes não foram os únicos atentados realizados contra as tumbas cristãs durante este ano. Segundo a Rádio Vaticano, esta profanação no cemitério de Labry seria a quinta profanação contra os cemitérios desta zona desde o início deste ano.
Além disso, no dia 26 de julho, denunciaram que no Villette-de Vienne (Isère), 22 tumbas foram profanadas. O jornal La Dauphine assinalou que as lápides e os símbolos religiosos foram danificados. Os autores ingressaram em dois porões e tentaram abrir dois caixões. A polícia continua realizando uma investigação a respeito deste caso e assinala que os profanadores não chegaram a tocar os corpos.
Em abril deste ano, um jovem muçulmano ingressou no cemitério francês Saint-Roch de Castres, localizado em Tarn (sul da França), e profanou 216 tumbas cristãs.
Naquela oportunidade, o Pe. Philippe Basquin, sacerdote da diocese de Castres, onde está localizado o cemitério, disse em declarações ao Grupo ACIque o homem não abriu as tumbas nem profanou os cadáveres, mas “procurou e destruiu todos os elementos referentes à fé cristã. E também destruiu as cruzes e as imagens da Virgem Maria”.
Por outro lado, nesse mesmo mês o ministério do interior explicou à imprensa que dos 807 ataques realizados contra lugares de culto de diversas confissões durante o ano passado, 673 ataques foram contra lugares cristãos.
“Pedimos às autoridades que mostrem sua desaprovação contra estes ataques. Acho que é essencial que estes lugares sejam protegidos: pois não são simples salas de reuniões! As profanações são um atentado contra os cristãos, mas também contra todos os franceses”, expressou então a Le Figaro Dom Ribadeau Olivier Dumas, porta-voz da Conferência Episcopal da França (CEF).

Manipulação dos resultados? Deputado apresenta dados incongruentes na enquete da Câmara sobre a família

BRASILIA, 21 Ago. 15 / 05:15 pm (ACI).- O deputado federal Diego Garcia (PHS-PR) denunciou, em sessão plenária na quinta-feira, 20, a manipulação de dados da enquete sobre família realizada pelo site da Câmara dos Deputados do Brasil. O levantamento questionava: “Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família?”. O Presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, afirmou que irá apurar a denúncia e publicar o resultado da investigação.
A enquete, criada em 11 de fevereiro de 2014 e que já foi encerrada, foi a de maior participação popular no site até o presente. O resultado final indica que dos 10.282.070 votos, 51,62% responderam “não” e 48,09%, “sim”.
Entretanto, Diego Garcia, católico engajado na política e que está em seu primeiro mandato, desconfia deste resultado. O deputado assumiu este ano a relatoria da Comissão Especial que analisa o projeto de lei 6583/13, o Estatuto da Família, de autoria do deputado Anderson Ferreira (PR-PE) e notou algumas incongruências. Segundo o assessor do parlamentar paranaense, Francisco Augusto, analisando a questão, a equipe percebeu que no mês de julho houve uma mudança na tendência da votação, quando o “não” superou o “sim”. Por isso, decidiram solicitar ao Centro de Informática (Cenin) da Câmara os dados da enquete, os quais foram apresentados pelo parlamentar no plenário.
De acordo com as informações do Cenin, de fato, houve expressiva votação individual. Mas, conforme afirmou Garcia, mais de 3 milhões de votos são de apenas 66 computadores, sendo que mais de 1,6 milhões vieram de um único IP. Além disso, 122 mil votos foram computados em um único dia, para uma única opção, na cidade de Garanhuns (PE), que possui apenas 112 mil habitantes.
O deputado citou ainda a constatação de 60 mil votos foram realizados em um dia, para uma única opção (“não”), em uma cidade de Nova Jersey, nos Estados Unidos, a qual possui uma população de 8.500 pessoas.
Segundo o assessor Francisco Augusto, essas informações chamaram atenção pelos altos valores numéricos. “Nós trabalhamos om algumas segmentações, como de até 100 votos realizados pelo mesmo IP, o que poderia corresponder a uma família ou pequena empresa. Há ainda o segmente de até mil votos no mesmo IP, que poderiam ser das grandes empresas – aqui na Câmara, por exemplo, todos que votassem apareceriam com o mesmo registro. Mas, com os altos números que encontramos, parece que algo foi manipulado”, declarou.
Francisco Augusto, porém, ressaltou que com essa denúncia o deputado não está acusando a Câmara dos Deputados de uma ação criminosa. “Alguém externo pode ter se utilizado da enquete”, disse.
Na sessão plenária, o Deputado Garcia solicitou que a Câmara divulgue uma nota esclarecendo a origem e os dados relativos aos votos.
“Como relator peço que publique uma nota no portal da Câmara, passando as informações corretas para a população brasileira e que seja considerado na enquete um voto por computador. Se isso acontecer, nós estaremos falando de um resultado de 67% para ‘sim’ e 33% para ‘não’”, destacou o parlamentar.
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que a presidência vai determinar as providências legais para verificar a denúncia, mesmo que seja por estabelecimento de sindicância e que o resultado dela será disponibilizado de forma pública.
De acordo com o assessor do deputado Garcia, a nota explicativa da Câmara serviria para relativizar o resultado divulgado da enquete, uma vez que apresentaria as informações completas.
“A enquete da Câmara não é científica, ela apenas expressa um sentimento da população e nos dá uma dica do que as pessoas pensam. Uma enquete como essa, com mais de 10 milhões de votos, poderia gerar um sentimento errado na população”, advertiu Francisco Augusto, ao sublinhar o receio de que os “resultados enviesados” sejam utilizados como informações verdadeiras pelos meios de comunicação e por grupos específicos.
Ele citou a grande repercussão nas mídias sociais do vídeo do pronunciamento de Garcia, o que, para ele, “mostra que a sociedade está atenta” e que há uma “indignação do povo”.
O assessor sublinhou que, da parte do deputado Diego Garcia, a indignação se dá em “pensar que, se alguém faz manipulação de uma enquete”, recordando que a mesma não determina aprovação de leis, “imagina o que mais fazem?”.

Novo vídeo estarrecedor da indústria do aborto: Uma ex-técnica retirou o cérebro de um feto vivo


21.08.2015 -
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A gigantesca organização abortista norte-americana Planned Parenthood está no centro de um escândalo sem precedentes desde que começaram a ser divulgados vários vídeos que comprovam que diretores e diretoras da rede de clínicas de aborto negociavam partes do corpo dos bebês abortados. A organização tentou se justificar alegando que os tecidos e órgãos que retirava dos bebês eram doados para pesquisas científicas, mas o que foi verificado é que eles eram vendidos para usos tão diversos quanto a fabricação de cosméticos e até mesmo testes da indústria alimentícia para realçar sabores.
Os vídeos foram gravados com câmeras ocultas durante uma longa investigação realizada pela organização pró-vida Centro para o Progresso Médico. Das gravações divulgadas até agora, a sétima e mais recente talvez seja a mais chocante de todas: neste vídeo, uma ex-técnica descreve que chegou a retirar o cérebro de um bebê abortado enquanto ele ainda estava vivo (!)
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A ex-técnica, Holly O'Donnell, trabalhava para a StemExpress, uma empresa de biotecnologia que tinha comprado partes do corpo de fetos da Planned Parenthood a fim de vendê-los a pesquisadores médicos. Visivelmente abalada, ela descreve o que a sua supervisora lhe perguntou e lhe mostrou certa vez:

“ Quer ver uma coisa bem legal?’ E aí ela deu um tapinha no coração [do bebê abortado] e ele começou a bater. E eu estou lá, sentada, olhando para aquele feto, e o coração dele está batendo, e eu não sei o que pensar”.
A supervisora então pediu a Holly que cortasse o rosto do bebê para extrair o seu cérebro. Isto enquanto o coração do bebê ainda batia. Isto enquanto o bebê ainda estava vivo!
"Eu não consigo nem descrever o que senti".
No final deste novo vídeo, Holly O’Donnell comenta que, muitas vezes, depois de um aborto, ela ficava segurando o corpo do bebê e pensava no futuro que aquela criança poderia ter tido.
“Este poderia ser um dos próximos presidentes... Talvez, quando tivesse três anos, ele gostasse de pintar... Eu tenho a sensação de que é uma vida desperdiçada. E é triste que tanta gente ache que essa vida é 'um erro'”.
De acordo com o site LifeNews, o Centro para o Progresso Médico acusa a Planned Parenthood de infringir leis federais que exigem cuidados e tratamento médico adequado para os bebês que sobrevivem a abortos. Tanto a legislação federal quanto as legislações estaduais norte-americanas determinam que seja dado aos bebês nascidos vivos após um aborto o mesmo tratamento dado aos bebês nascidos normalmente. A Califórnia também proíbe expressamente qualquer tipo de experimentação com fetos cujo coração esteja batendo.
ATENÇÃO: esteja ciente de que o conteúdo do vídeo seguinte pode ser profundamente perturbador para audiências sensíveis

Este é o vídeo que contém o chocante depoimento de Holly O'Donnell. Ele está em inglês e sem legendas em português. O vídeo legendado será publicado em breve.
Fonte: http://www.aleteia.org
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Documento preparatório do Sínodo apresenta um perigo muito real para a família, diz coalizão Voz da Família


19.08.2015 -
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A Voz da Família (“Voice of the Family”), uma coalizão leiga internacional formada pelas principais organizações pró-vida e pró-família, alertou para o fato de que o documento preparatório do Vaticano para o Sínodo de outubro sobre a Família “ameaça toda a estrutura da doutrina católica sobre o matrimônio, a família e a sexualidade humana.” Em uma análise abrangente do documento Instrumentum Laboris, de 77 páginas, do Vaticano, a Voz da Família aponta diversos pontos em que omissões e ambiguidade na redação do texto estão conduzindo para um caminho perigoso para a fé e para a família.
A estratégia de introduzir ambiguidades nos textos foi revelada pelo Cardeal Walter Kasper, figura central do Sínodo, que lançou a polêmica com suas propostas para a comunhão a católicos divorciados e recasados. Em uma entrevista na EWTN com Raymond Arroyo, em junho, ele divulgou uma abordagem para superar a oposição crescente aos seus planos heterodoxos.
“Recebo muitas anuências, mas também muitas críticas, e há tensões”, Kasper reconheceu. “Agora, proponho aos que prepararam o Sínodo que elaborem um texto que obtenha a aceitação de todo mundo, da grande maioria. É o mesmo método que tivemos no Concílio [Vaticano II]”. Posteriormente, ele repetiu: “Minha sugestão é encontrar agora uma fórmula em que a grande maioria possa aderir”.
O Concílio Vaticano II também se deparou com desafios tanto à doutrina quanto à prática católica tradicional, que foram contestadas por grande número de bispos. Apesar da oposição, muitos itens da ordem do dia dos bispos ultraliberais foram contemplados pelo uso de linguagem frequentemente vaga, ambígua e até mesmo aparentemente conflitante, que parece agradar a ambos os lados. Mais tarde, essas expressões foram chamadas de “bombas relógio”, que alguns teólogos puderam explorar após o Concílio com a finalidade de minar a doutrina tradicional da Igreja.
A análise da Voz da Família explica que “está claro que o Instrumentum Laboris deixa de afirmar claramente a doutrina católica, mas, antes, através de termos ambíguos a mina gravemente.”
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John Smeaton, co-fundador da Voz da Família, disse: “O documento mina a doutrina da Humanae Vitae sobre contracepção.” A análise crítica de 19 páginas do Instrumentum Laboris escrita por Matthew McCusker, da Voz da Família, observa que o documento preparatório do Vaticano para o Sínodo “recusa-se a utilizar a palavra  ‘contracepção’ ou a fazer qualquer referência a qualquer método contraceptivo, apesar das consequências devastadoras do uso de contraceptivos em muitas áreas da vida humana, não menos importante que o assassinato de crianças nascituras por métodos abortivos.”
Mais do que isso, o Instrumentum Laboris deturpa a Humanae Vitae, deixando de fora o fato de que ela condena a contracepção. O documento sinodal declara que os “dois pontos principais” da encíclica são primeiramente sobre o papel de consciência e, em segundo lugar, “uma norma moral objetiva”, sem nunca definir essa norma moral – ou seja, a Humanae Vitae declara moralmente inadmissível “qualquer ação — antes, durante ou depois da relação sexual –especificamente destinada a impedir a procriação – seja como fim ou como meio.”
“O Instrumentum Laboris também ressuscita as propostas desacreditadas de Kasper sobre a Sagrada Comunhão aos adúlteros não arrependidos, reduz a indissolubilidade do matrimônio a um simples ‘ideal’ e mina a posição dos pais como primeiros educadores de seus filhos “, acrescentou Smeaton.
No que diz respeito à doutrina da Igreja de que os pais são os primeiros educadores dos filhos, o Instrumentum Laboris insinua o contrário. O parágrafo 86 afirma que “a família, ao passo que mantém a sua posição privilegiada na educação, não pode ser o único lugar para ensinar sexualidade”. A análise da Voz da Família observa que a “declaração é diretamente contrária à doutrina católica”, citando o ensino de Papa São João Paulo II na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, onde o papa deixa em aberto a possibilidade de que a educação sexual possa ser feito exclusivamente em casa. Ele escreveu: “A educação sexual, que é um direito e dever fundamental dos pais, deve ser realizada sempre sob a sua orientação solícita, seja no lar, seja nos centros educativos escolhidos e controlados por eles.”
“A Voz da Família exorta os católicos a não serem complacentes ou cederem a um falso senso de obediência, em face dos ataques aos princípios fundamentais da lei natural”, concluiu Smeaton. “Os católicos têm o dever de se opor à direção que está sendo tomada no Sínodo. Se essa direção não for revertida, as maiores vítimas serão os mais vulneráveis, especialmente, as crianças, nascidas e nascituras.”
Fonte: http://fratresinunum.com

Novelas, “gênero” e uma encíclica

A reação do público foi forte a tentativa de impor os horrores moralmente deteriorantes da novela “Babilônia”, um ambiente onde o lesbianismo, a transexualidade e os traficantes proliferam. A audição da novela caiu vertiginosamente. Foi a novela da Globo menos assistida da história no horário.
Novelas,  “gênero” e uma encíclica
Um fato sintomático! Novelas televisivas vêm impondo ao público brasileiro a aceitação de um nível de moralidade baixíssimo. As situações mais degradantes do ponto de vista da moral são apresentadas com “naturalidade”, como se fossem normais. As novelas se apresentam, assim, como o carro-chefe da imoralidade ambiente.
Mas quando a dose de veneno é forte demais, e vai além daquilo que o paciente consegue absorver, de duas uma: ou a vítima engole a peçonha e morre, ou a repudia e com isso fica mais arredia ao veneno, além de pôr a nu a indústria de perversão que o difunde.
O segundo caso foi o que se deu com a tentativa de impor ao público brasileiro os horrores moralmente deteriorantes da novela “Babilônia”, um ambiente onde o lesbianismo, a transexualidade e os traficantes proliferam. A reação do público foi forte. A audição da novela caiu vertiginosamente. Foi a novela da Globo menos assistida da história no horário.
E o diretor-geral da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder, perguntado pela jornalista Lígia Mesquita “estão pisando em ovos após ‘Babilônia?’”, respondeu: “Conversamos muito internamente sobre isso. O País é mais conservador do que você imagina” (“Folha de S. Paulo”, 27-6 e 20-7-2015).
Essa nota conservadora, que vem se afirmando cada vez mais no panorama nacional (e não só nele!), está provocando o desespero em certas cúpulas da esquerda que imaginavam poder conduzir o País para os sucessivos abismos da corrupção moral. Alguém moralmente corrompido é uma pessoa entregue, que não tem forças para se opor aos desmandos ideológicos ou políticos, seja do comunismo ou do socialismo em suas diversas formas e cores, seja ainda do ecologismo panteísta.
O caso da novela “Babilônia” levou a jornalista Cristina Padiglione a comentar: “Diante de tendências conservadoras e de uma polarização de comportamentos, ideologias e religiões, é de se perguntar como um canal de TV, que sempre foi bem-sucedido em agradar o gosto médio da massa, tem agido na escolha de sua programação” (“O Estado de S. Paulo”, 27-6-15).
Mas o conservadorismo em ascensão não se limita a desdenhar uma novela fortemente imoral, ele tem manifestações pluriformes.
Os jovens do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira que foram à Câmara de Vereadores de São Paulo pleitear a retirada do Plano Municipal de Educação das expressões “gênero”, “teoria de gênero” e outras que tais, contaram-me que os representantes pró-família estavam em número bem maior e eram mais atuantes do que aqueles recrutados pelos movimentos homossexuais e feministas. Os vereadores tiveram o bom senso de retirar as indigitadas expressões.
Isso não se deu apenas em São Paulo. Pelo Brasil afora, pressões do eleitorado conservador levaram numerosas Câmaras Municipais a rejeitar as ingerências do Ministério da Educação no sentido de obrigar as escolas a ensinar tais teorias abstrusas. O plano maquiavélico do Ministério consistia em fazer aprovar seu nefando desiderato pelas Câmaras Municipais, depois de ter sido ele derrotado na Câmara dos Deputados, em Brasília. Mas o conservadorismo foi mais forte, ao menos em grande número de importantes municípios.
Não vamos analisar aqui as manifestações de conservadorismo no intrincado campo político, pois isso nos levaria muito longe; e ademais, tais manifestações são de conhecimento geral. O PT que o diga.
Lembramos apenas os insucessos de diversos governos que, propelidos por bispos e padres da esquerda católica, tentaram impor ao Brasil uma Reforma Agrária radical que o levasse rapidamente às portas do comunismo.
Por fim, uma palavra sobre as resistências conservadoras ao ecologismo alarmista e sem base científica. Muito contestado e à míngua de provas para suas afirmações mirabolantes, ele procura utilizar para seus objetivos a recente e perplexitante encíclica do Papa Francisco, tendente a um ecologismo radical. Sem muito resultado, diga-se de passagem.

Dom Rogelio Livieres e a integração dos tradicionalistas em prol da Nova Evangelização.

Por Manoel Gonzaga Castro* – FratresInUnum.com:  Na última sexta-feira, 14 de agosto, lamentamos o falecimento de Dom Rogelio Livieres, bispo deposto de Ciudad del Este em 2014.
Clérigo da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz , do Opus Dei, Dom Rogelio logrou uma notável renovação da Igreja local a ele confiada por São João Paulo II ao longo dos 10 anos em que permaneceu à sua frente. Conforme atestam os dados publicados em seu site oficial, houve:
  • Aumento de 14 para 83 sacerdotes diocesanos;
  • Aumento de 1 para 7 capelães hospitalares;
  • Aumento de 34 para 51 paróquias;
  • Aumento de 40% para 90% das paróquias com missas diárias;
  • Aumento de 4.679 para 14.665 crismas anuais;
  • Aumento de 1257 para 6277 matrimônios anuais.
  • Aumento de 0 para 5.814 membros de adoração perpétua;
  • Aumento de 203 para 1400 presidiários atendidos espiritualmente;
Segundo parecer de seus apoiadores, esses frutos resultaram do duro combate que Dom Livieres desenvolveu contra o progressismo, corrente predominante na Igreja paraguaia. Esse combate teria ensejado, inclusive, sua deposição por Francisco sob alegação de que Dom Rogelio teria problemas de integração pastoral e de comunhão com sua igreja local — as divergências com a orientação pastoral de Jorge Mario Bergoglio vêm de longa data.
Como ratzingeriano convicto, Dom Rogelio promoveu o avanço da liturgia tradicional em sua diocese, sempre respeitando os limites da hermenêutica da reforma na continuidade em prol de uma Nova Evangelização, conforme preconizaram os últimos papas. Entre suas generosas ações nesse sentido, consta seu acolhimento ao então seminarista Edivaldo Oliveira, filho de consideração do Professor Orlando Fedeli e da atualmente viúva Sra. Ivone Fedeli, fundadores da Associação Cultural Montfort e do Colégio São Mauro.
Dom Rogelio foi a via de ordenação do Pe. Edivaldo, quando não lhe restavam mais esperanças. Uma história digna de ser relatada e que serve de exemplo a muitos, desesperançosos de chegar um dia ao sacerdócio em meio à crise pela qual passa a Igreja.
A trajetória até a ordenação
Edivaldo Oliveira nasceu em 1974 em São Paulo. Menino pobre do Parque Bristol, fez curso técnico em eletrônica na ETEC Getúlio Vargas, ocasião em que passou a frequentar a casa do Professor Fedeli no Cambuci, depois de ter sido convidado por alguns de seus colegas de curso.
Inicialmente relutante, após algumas aulas, o então jovem Edivaldo se rendeu aos argumentos do Professor Fedeli e tomou da decisão de se tornar um católico tradicionalista de linha TFPista, isto é, contrário ao Concílio Vaticano II e à reforma litúrgica pós-conciliar.
Humilde, após alguns anos trabalhando como reparador de fotocopiadoras, sentiu despertar dentro de si um grande desejo de fazer algo mais para Deus e se apresentou à Sra. Ivone Fedeli para trabalhar no então incipiente Colégio São Mauro.
Inicialmente se dedicou a serviços administrativos, mas em pouco tempo recebeu os cargos de professor de música e de catecismo, posto que assumiu por cerca de dez anos, quando, em 2009, foi tomado pelo desejo devorador da vocação sacerdotal.
O regente Edivaldo Oliveira e o Flammula Chorus, 2009
O regente Edivaldo Oliveira e o Flammula Chorus, 2009
Naquele momento, esse desejo de se tornar um sacerdote do Altíssimo tinha uma única via de realização na Montfort. Essa via era o Instituto do Bom Pastor, considerado como o único instituto no mundo a combinar a regularização canônica com o direito de rejeitar o Vaticano II e o Novus Ordo.
Dessa forma, ele partiu para França com mais três de seus alunos no Colégio São Mauro: Pedro Gubitoso, Tomás Parra e José Luiz Zucchi, que, aliás, serão ordenados sacerdotes e diácono amanhã, em São Paulo.
Diferentemente de seus alunos, o então seminarista Edivaldo não foi enviado para Courtalain, mas para a escola Angelus, do IBP, onde, deixando os estudos de lado, passou um ano realizando árduos trabalhos manuais relacionados à reforma da escola.
Após esse um ano, o então seminarista Edivaldo foi dispensado do Bom Pastor por seu superior geral, o Pe. Philippe Laguérie. Atribui-se tal dispensa ao então reitor do seminário, responsável pelo fechamento da casa do IBP no Brasil em 2008. Sem apresentar qualquer problema disciplinar, o motivo residia na desconfiança do IBP em relação a ele, tido como próximo demais do Professor Fedeli e participante ativo na crise que abalaria as relações entre os dois grupos por algum (pouco) tempo.
Retornando ao Brasil, o seminarista Edivaldo teve de lidar com a dupla dor da dispensa e do falecimento de seu pai de consideração, o Professor Fedeli.
Resiliente, começou a travar contato com o Pe. Almir de Andrade, da Fraternidade Sacerdotal São Pedro (hoje, na Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, de Campos, RJ). Esse fato causou desconforto em parte da Montfort, pois a Fraternidade São Pedro sempre tinha sido considerada pelo grupo como proscrita por não ter apoiado as sagrações episcopais de Dom Lefebvre, em 1988, e por sua não oposição ao novus ordo — fato que não impediu Pe. Almir de, à época, dar conferências em congressos da associação e celebrar Missa diversas vezes no Colégio São Mauro.
Por fim, com a ajuda do Pe. Almir e o apoio decidido da viúva Ivone Fedeli, Pe. Edivaldo partiu para o seminário de Wigratzbad, na Alemanha, onde, após o primeiro ano de espiritualidade, foi convidado a se retirar.
Dessa forma, em 2011, o seminarista Edivaldo estava de volta ao Colégio São Mauro, onde, sem deixar a batina, passou mais de um ano em amargura procurando alguma via de realizar seu chamado sacerdotal.
Quando parecia não haver mais esperanças, surgiu Dom Rogelio Livieres, indicado pelo carmelita Frei Tiago ao então seminarista Edivaldo. E esse bondoso e generoso bispo o acolheu em seu seminário em meados de 2012, depois das devidas conversações, em que Edivaldo solicitou exclusividade para apenas celebrar a Missa Tridentina depois de ordenado.
Visto que, até então, sua formação oficial como seminarista tinha se resumido a um ano de trabalhos manuais e um ano de espiritualidade, Edivaldo foi submetido a um semestre de estudos no seminário de Ciudad del Este, antes de ser ordenado diácono, em 8 dezembro de 2012.
Sua ordenação diaconal foi realizada segundo a forma extraordinária, o que não ocorria há quatro décadas na diocese de Ciudad del Este.
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Na sequência, passados mais oito meses e com um pouco mais de estudos no seminário diocesano, o diácono Edivaldo Oliveira foi ordenado sacerdote, em 17 de agosto de 2013.
A cerimônia de ordenação também ocorreu segundo a forma extraordinária, mas teve a peculiaridade de ser realizada em uma Missa Tridentina versus populum, não se sabe por qual razão, no que ela se assemelhou à forma ordinária.
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Apesar disso, esse foi um dia de grande alegria para os tradicionalistas brasileiros companheiros do Pe. Edivaldo, especialmente para a viúva Ivone Fedeli, que finalmente pôde ver seu filho ordenado depois de tantos sofrimentos.
Pe. Edivaldo é cumprimentado por sua mãe adotiva, Ivone Fedeli
Pe. Edivaldo é cumprimentado por sua mãe adotiva, Ivone Fedeli
Os então diáconos Renato Coelho e Luiz Fernando Pasquotto, assim como demais seminaristas brasileiros do IBP, auxiliaram na celebração da cerimônia.
Dois anos de apostolado do Pe. Edivaldo e sua volta ao Brasil
Uma vez ordenado, Pe. Edivaldo dividiu seu apostolado em duas frentes: uma em Ciudad del Este e outra no Brasil.
No Paraguai, graças à generosidade de amigos brasileiros, Pe. Edivaldo abriu o Centro de Estudos São Mauro, onde morava, dava cursos e celebrava a liturgia tradicional. Embora fosse padre diocesano, Dom Rogelio julgou prudente não instalar Pe. Edivaldo em uma paróquia, pois ele se recusava a participar das celebrações segundo a forma ordinária e não gozava de uma integração mais harmoniosa com o clero local devido a sua sensibilidade litúrgica — o que não foi motivo para o bispo tratá-lo mal, como fazem os ordinários atuais.
Ao mesmo tempo em que atuava no Centro São Mauro, Pe. Edivaldo procurou obter autorização para criar sua Fraternidade São Mauro, que pretendia ser um arcabouço canônico para preservação dos valores do Professor Orlando Fedeli e para o acolhimento de vocações masculinas e femininas voltadas exclusivamente para a liturgia tradicional, o que chegou a obter parcialmente, já que Dom Rogelio não preferia tal exclusividade.
É, entretanto, inegável o perseverante trabalho de integração realizado por Dom Rogelio Livieres, a fim de acomodar essa vocação sincera e verdadeira ao que a Santa Sé espera de um padre em nossos tempos, no contexto da Nova Evangelização desejada pelos Papas pós-conciliares.
Pe. Edivaldo com hábito branco da Fraternidade São Mauro e fiéis paraguaios
Pe. Edivaldo com hábito branco da Fraternidade São Mauro e fiéis paraguaios
No Brasil, por sua vez, onde passava cerca de duas semanas por mês, Pe. Edivaldo desenvolveu viagens apostólicas para São Paulo e para o nordeste, notadamente em Fortaleza. Em São Paulo, atuava juntamente ao Colégio São Mauro, sua primeira casa. Em Fortaleza, Pe. Edivaldo se dedicou a celebrar a sagrada liturgia nas principais igrejas da cidade.
Após a triste deposição de Dom Rogelio Livieres, Pe. Edivaldo julgou mais conveniente deixar seus fiéis paraguaios e voltar ao Brasil, para, junto de sua mãe de consideração, prosseguir com o projeto da Fraternidade São Mauro.
Um mês de Fraternidade São Mauro
De volta ao Brasil, Pe. Edivaldo anunciou, há pouco mais de um mês, a fundação da Fraternidade São Mauro (FSM),confirmando as informações veiculadas por Fratres in Unum, cuja sede está localizada nas cercanias do Colégio São Mauro e da Associação Cultural Montfort.
Os membros do novo instituto religioso recebem formação espiritual dada pelo Pe. Edivaldo e em aulas na Montfort, ao mesmo tempo que a formação filosófica e teológica será fornecida pelo Mosteiro de São Bento, em São Paulo, com quem a FSM teria celebrado um convênio de cooperação. Essa cooperação também se manifesta pela atuação do Pe. Edivaldo como confessor durante as missas tridentinas celebradas aos domingos no mosteiro. Consta que a FSM já recebeu inclusive vocações de Manaus.
Pe. Edivaldo Oliveira celebra Missa no Mosteiro de São Bento, 26 de julho de 2015
Pe. Edivaldo Oliveira celebra Missa no Mosteiro de São Bento, 26 de julho de 2015
Segundo membros da FSM, o Cardeal de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, teria dado seu aval à obra e permitido ao Pe. Edivaldo atuar recebendo vocações sob sua jurisdição. Pe. Edivaldo também estaria sob autorização de Dom Heinz Wilhelm Steckling, atual diocesano de Ciudad Del Este.
* * *
Por este e muitos outros casos, só temos a agradecer a Dom Rogelio por sua generosidade apostólica e que rezar para Deus todo poderoso o tenha em sua misericórdia.
* Fale com o autor: manoelgonzagacastro@gmail.com

Dom João Braz de Aviz, em visita ao Brasil, fala sobre vida religiosa e padres cantores.

Igreja Católica perde 2 mil religiosos todos os anos

Cardeal d. Braz de Aviz alertou para a urgência em rever a vida nos conventos, além de reconhecer outros problemas, como o da autoridade e o perigo do dinheiro.
Cardeal João Braz de Avis, o representante brasileiro no consistório de hoje.
Cardeal João Braz de Avis.
Estado de Minas – A Igreja Católica perde anualmente cerca de 2 mil religiosos, homens e mulheres, em todos os continentes, sobretudo na Europa, revelou o cardeal brasileiro d. João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
A declaração foi dada em encontro na tarde desta quarta-feira, 19, com mil freiras, padres, irmãos e leigos, na Catedral de São Paulo, na Praça da Sé, região central de São Paulo. No comando de aproximadamente 1,5 milhão de religiosos, pertencentes a quase 3 mil congregações e comunidades de consagrados, o cardeal faz uma revolução no Vaticano para atrair novas vocações.
Ex-arcebispo de Brasília, d. João foi nomeado prefeito por Bento XVI em 2011 e confirmado pelo papa Francisco em 2013.
“A idade média das freiras na Europa é de 85 anos, o que significa que essas idosas vão morrer em breve sem que apareçam outras para ocupar seu lugar”, disse d. João ao jornal O Estado de S. Paulo, antes da palestra na Sé.
Novas vocações só têm surgido, em maior proporção, na África e na Ásia, onde o catolicismo tem prosperado. “Vietnã e Coreia do Sul têm, cada um, 10% de católicos em suas populações”, informou o cardeal.
Para o prefeito da congregação romana responsável pelos cristãos de vida consagrada, é urgente recriar ou rever a vida comunitária nos conventos, para restabelecer a convivência em ambiente de compreensão e caridade entre seus membros. “Sei de casos de religiosos que deixaram suas comunidades e querem voltar, mas desistem porque não encontram nelas a vida em família”, disse d. João. A revisão inclui a possibilidade de organizar comunidades mistas na vida consagrada.
“No passado, tivemos dificuldades para a convivência, porque se dizia que era preciso ter cuidado, porque a mulher é um perigo, ou cuidado porque o homem é um perigo”, observou o cardeal. “Não aconselho muito formar comunidades mistas na mesma casa”, disse, depois de ter lembrado que o voto de castidade faz parte da vocação religiosa.
D. João revelou que recebeu o pedido de dispensa de uma freira de 80 anos, ex-superiora provincial de sua congregação, que deixou o convento porque, conforme alegou, queria realizar seu ideal de maternidade. Ela saiu e adotou um bebê de três meses.
Outro problema sério para a vida religiosa é o da autoridade, ligada ao voto de obediência. “Há muitas autoridades (ou superiores de comunidades) que são opressoras”, afirmou o cardeal. Ele citou o exemplo de uma superiora-geral que ocupa o cargo há 35 anos e não abre mão dele, com graves consequências para suas subordinadas. “Há casos de superioras que mudam as regras da constituição da congregação para morrerem superioras”, lamentou.
A obediência é necessária, disse d. João aos religiosos e leigos de vida consagrada, mas deve ser exercida entre irmãos. “Superiores que não aceitam conselhos não prestam”, advertiu. O bom entendimento, no exercício da autoridade, deve se estender aos mais jovens, aos quais se deve dar responsabilidade e poder. “Que o jovem não tenha medo de ir se aprofundando na vida comunitária, no período de formação.”
D. João de Aviz advertiu também para o perigo do dinheiro, que algumas ordens e congregações religiosas acumulam, apesar de seus membros fazerem voto de pobreza. “As instituições religiosas detêm 52% do patrimônio do Banco do Vaticano (IOR ou Instituto para as Obras de Religião), dinheiro não está faltando”, disse. Como exemplo, ele citou, sem revelar o nome, o caso de uma congregação que, embora com voto de pobreza, tem 30 milhões de euros no banco.
O cardeal foi muito aplaudido pelos religiosos e leigos consagrados, depois de uma hora e meia de palestra. A presidente da seção paulista da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB-SP), irmã Ivone Lourdes Fritzen, elogiou a franqueza e transparência de d. João na exposição sobre a situação e os desafios dos religiosos no mundo.
O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, aplaudiu as palavras do prefeito da Cúria Romana. Em seguida, os dois celebraram missa ao lado de bispos e sacerdotes da arquidiocese e de outras cidades
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Cardeal de confiança do Papa critica postura de padres cantores no Brasil
‘Nem tudo nos nossos padres cantores está claro’, diz dom João Braz. Em entrevista ao G1, ele fala sobre fama e música na Igreja Católica.
G1 – O cardeal João Braz de Aviz, membro da Cúria Romana no Vaticano, fez uma visita a São José dos Campos(SP), nesta terça-feira (18), para conhecer o Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. Em entrevista ao G1, ele criticou a postura de alguns padres cantores, mas preferiu não citar nomes.
“Nem tudo nos nossos padres cantores está claro, basta olhar. É preciso voltar ao essencial, questionar o porque se está ali cantando aquela música na televisão. Qual a razão que me faz estar aqui? É Jesus Cristo? Minha fama? O dinheiro?”, afirmou.
O cardeal é considerado um dos homens de confiança do Papa Francisco e afirma que o Vaticano não interfere diretamente no cenário audiofônico católico. Para ele, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) seria o órgão mais indicado para tal.
“Não é bom deixar estragar tudo para depois mexer. Eu não cito nomes, mas tem coisas chatas aí. Por outro lado fizeram coisas boas. Daria para citar 3 ou 4 nomes, mas não vou fazer isso”, disse.
Dom Braz revelou que é um grande admirador do padre Zezinho, que aos 74 anos tem 118 discos em seu repertório. “Padre Zezinho não se apegou à imagem e ao dinheiro. O que sobressai nele é Jesus Cristo. Se o que conta é o dinheiro, a fama e o poder, mesmo que você tenha uma bela voz e fale bonito, está errado”, afirmou.
Sobre a vocação religiosa, o cardeal afirmou que uma de suas irmãs chegou a duvidar do seu celibato. “O celibato não é não ter instinto ou vontade de casar. O celibato é outra coisa. Precisamos pautar nossa vida em um testemunho simples e direto, convicto. Se uma pessoa consagrada vive infeliz e carrancuda, pode ir para outro lado, buscar outro caminho ou ela deve mudar”, disse.

domingo, 16 de agosto de 2015

Lobby gay pede a prisão de Bispo suíço que citou a Bíblia ao falar do homossexualismo

Dom Vitus Huonder. Foto: Captura Youtube
Roma, 13 Ago. 15 / 01:14 pm (ACI).- O lobby gay lançou uma campanha contra um Bispo católico suíço que citou o Antigo Testamento para falar da homossexualidade em um evento celebrado na Alemanha.
Conforme assinalam meios locais, Dom Vitus Huonder, Bispo de Chur, na Suíça, falou na Alemanha sobre o matrimônio e a família. No evento, citou uma passagem do Levítico (20, 13) a qual condena as relações sexuais entre homossexuais.
A passagem que o Prelado mencionou fez com que alguns grupos, como por exemplo Pink Cross na Suíça e New Ways Ministry nos Estados Unidos, iniciem uma forte campanha midiática contra ele. O grupo suíço iniciou um processo penal para usá-lo como precedente em casos semelhantes a este.
Até agora, explicou Bill Donohue, da Liga Católica nos Estados Unidos, mais de uma dúzia de grupos iniciaram um processo contra o Bispo. Caso seja declarado culpado por fomentar a violência contra os homossexuais, poderia ser condenado até três anos de prisão.
Em uma coluna intitulada “Penalizando a Bíblia”, publicada no dia 11 de agosto, Donohue assinala ainda que nos Estados Unidos o grupo New Ways Ministry, “uma organização anticatólica” e “fraudulenta”, acusa o Bispo Huonder de “pregar palavras perigosas” e o acusam de “encobrir aqueles que têm preconceitos contra o movimento LGBT e que poderiam ocasionar violência e discriminação”.
Ante as acusações, assinala a revista Newsweek, o Prelado pediu desculpas e disse que seus comentários foram mal-entendidos. “Lamento que a minha palestra que durou 50 minutos em Fulda (Alemanha), fazendo menção à base bíblica do matrimônio e da família, tenha sido vista como uma crítica contra as pessoas homossexuais”, indicou.
“Essa não era minha intenção. Durante a palestra, citei várias passagens incômodas do Antigo Testamento, relacionadas ao matrimônio, à sexualidade e à família. Quero esclarecer que de maneira nenhuma quis ir contra os homossexuais”.
A respeito, Bastian Baumann, diretor do grupo Pink Cross, disse que, “neste caso, não temos a menor dúvida do que ele (o Bispo) falou: não houve nenhum mal-entendido. Não necessitamos a caridade ou a misericórdia daIgreja e não aceitamos suas desculpas”.
Na opinião de Bill Donohue, os ativistas do lobby gay “gostariam de prender o Papa Francisco, se pudessem. Depois de tudo, o Santo Padre condenou abertamente a homossexualidade e a ideologia de gênero. Concretamente descreveu as tentativas de legalizar o matrimônio gay como ‘algo diabólico’ e inclusive disse que ‘a ideologia de gênero é demoníaca’”.
“Os gays fascistas continuam trabalhando na América do Norte e na Europa. Sua meta é penalizar a Bíblia e destruir a liberdade de expressão e a liberdade religiosa”, concluiu.

O País onde deficientes são acorrentados e violentados: Gana, um lado sombrio que poucos conhecem


15.08.2015 -
n/d
Para muitos, Gana é um país lindo, seguro, a joia da coroa da África Ocidental. Mas há um lado sombrio que poucos conhecem.
Muitos no país acreditam que deficiências não são um obstáculo físico ou mental, mas uma doença espiritual ou maldição que pode ser curada por rezas ou confinamento. E, em alguns casos, por violência física.
O casal Beatrice e Alfred vive na capital, Acra. Ambos têm deficiências e dependem de cadeira de rodas. Mas, com um filho de 4 anos para educar, e contas para pagar, trabalham duro para levar dinheiro para casa.
Beatrice teve pólio e sofre de baixa auto-estima. As oportunidades de trabalho são escassas e ela conta ter passado a vida toda no ostracismo. Hoje, o que faz é sentar na beira da rua sob o sol forte e vender laranjas.
Não é preciso muito tempo para observar que são poucos os negócios: clientes preferem outros vendedores assim que a veem numa cadeira de rodas.
"É normal", diz ela, quase sussurrando. "Eles acreditam que irão pegar alguma doença."
Mas pensamentos como este não são a pior coisa a existir em Gana.
Num campo espiritualista muçulmano perto de Acra, a sala de espera está lotada de homens e mulheres com deficiências, que esperam ser curados. É possível ouvir gritos vindos de uma das cabanas de madeira e concreto.
Uma jovem e sua mãe saem dali. A menina, de cerca de 11 anos, tem lágrimas, sangue e catarro escorrendo de seus olhos e nariz. Ela grita descontroladamente, e cai debilmente no chão. A mãe tenta segurá-la, mas também está em prantos.
Os olhos da criança revelavam medo e pânico. A mulher responsável pelo campo havia colocado "remédio" em seus olhos, nariz e ouvidos, porque acreditava que a menina tinha uma "maldição". Na verdade, ela era epiléptica.
n/d
Por todo o campo, homens e mulheres estavam algemados por terem algum tipo de deficiência mental ou física. As correntes eram parte do tratamento, juntamente com espancamento e fome.
Desorientado e claramente atordoado, um homem estava coberto em suas próprias fezes e bebia sua urina. Um segundo também comia as próprias fezes e um terceiro se masturbava. A maioria chorava e alguns estavam apenas em silêncio.
Um funcionário justificava este método como tratamento para curar a doença espiritual que causa deficiências.
Este não é um caso único. Por todo o país, deficientes enfrentam dificuldades: nenhuma acesso a equipamentos, educação, transporte, tratamento médico ou trabalho. O resultado é que muitos vivem em pobreza absoluta.
O estigma ligado a pessoas com deficiência e suas famílias tem consequências chocantes - incluindo confinamento e tortura.
Há, ainda, relatos não-confirmados de que crianças com deficiências são sacrificadas, em sessões comandadas pelo chamados "sacerdotes-feiticeiros".
O governo de Gana tem sido pressionado para agir contra estas violações de direitos humanos.
O relator especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre tortura, Juan Méndez, disse que o tratamento de pessoas com problemas psicossociais pode ser considerado como tortura. Ele destacou o acorrentamento de doentes mentais a árvores, falta de alimentação e o uso de terapia de choques elétricos sem anestesia.
O relatório de Méndez foi apresentado no ano passado ao conselho em Genebra - mas parece que pouco foi feito para solucionar os problemas.
Sophie visitou Gana para um documentário sobre a vida em Gana para pacientes com deficiência: alguns deles vivem no mesmo quarto há 15 anos.
n/d
Sophie Morgan usa cadeira de rodas há 12 anos após sofrer um acidente de carro aos 18 anos e ficar paraplégica. Ela apresentou o documentário The World's Worst Place to be Disabled? (O Pior Lugar do Mundo para ser Deficiente?), da BBC. Ela esteve em Gana em novembro e disse que as coisas que viu fizeram com que desejasse nunca mais retornar ao país. Ela vive no Reino Unido.
Fonte: BBC Brasil