"Cada dia no campus é uma batalha, uma batalha contra meu pecado, contra a tentação, contra a minha mente. Toda manhã tenho que clamar por misericórdia e força para fugir da lascívia da juventude. Eu tenho que ativamente dedicar minha mente e meu espírito em oração, cantar músicas ou simplesmente olhar para o chão para conseguir passar por elas ileso. O que as mulheres parecem não entender plenamente é que a tentação para a lascívia não cessa para os homens. Ela é contínua e agressiva. Ela faz tudo que pode para arrastar o homem para a morte. As mulheres têm a escolha de ajudar a desviar esse objetivo. Considere essa carta meu apelo em nome dos homens para que vocês nos ajudem. Quando vejo uma moça vestida de maneira provocante, eu digo a mim mesmo: Ela provavelmente nem sabe que centenas de homens a devorarão em sua mente hoje. Mas depois eu penso: Talvez ela saiba. Para ser honesto eu não sei a verdade. A verdade sobre porque ela escolhe se vestir assim. Tudo que eu preciso saber é que como ela se apresenta para o mundo é uma isca para enrascar minha mente pecaminosa e eu preciso evitá-la a qualquer custo. Há garotas ignorantes e garotas bem informadas. Para as garotas ignorantes: Por favor, peça a seu pai para examinar seu guardaroupa. Ele é homem, e sabe mais do que você sobre essa questão. Para as moças que não seguem o padrão do mundo: obrigado, um milhão de vezes. Vocês estão seguindo os mandamentos bíblicos e ajudando seus irmãos no processo. Há algo que eu gostaria de falar para as mulheres na igreja: Deus criou a igreja para ser um lugar de descanso para os Cristãos, para ser um lugar em que as pessoas encontram Deus sem as distrações do mundo. É decepcionante quando entro na igreja ou no evento da igreja e tenho que lidar com as mesmas tentações que enfrento no mundo. Se elas tivessem ideia do que passa pelas mentes dos homens, isso provavelmente mudaria muito a sua maneira de se vestir. Mas eu me alegro sempre que vejo uma moça que está tentando servir ao Senhor e ajudando os rapazes vestindo-se modestamente! Vocês não têm ideia do quão doce é quando vejo uma mulher que decidiu não exibir seu corpo como a cultura ordena que ela faça. Mas decidiu que servir ao Senhor e a seus irmãos é mais importante. Glória a Deus por mulheres assim! Que sejamos uma igreja com homens que são comprometidos com a pureza e mulheres que são comprometidas com a modéstia".sábado, 29 de agosto de 2015
CARTA DE UM JOVEM UNIVERSITÁRIO PARA AS MULHERES!
"Cada dia no campus é uma batalha, uma batalha contra meu pecado, contra a tentação, contra a minha mente. Toda manhã tenho que clamar por misericórdia e força para fugir da lascívia da juventude. Eu tenho que ativamente dedicar minha mente e meu espírito em oração, cantar músicas ou simplesmente olhar para o chão para conseguir passar por elas ileso. O que as mulheres parecem não entender plenamente é que a tentação para a lascívia não cessa para os homens. Ela é contínua e agressiva. Ela faz tudo que pode para arrastar o homem para a morte. As mulheres têm a escolha de ajudar a desviar esse objetivo. Considere essa carta meu apelo em nome dos homens para que vocês nos ajudem. Quando vejo uma moça vestida de maneira provocante, eu digo a mim mesmo: Ela provavelmente nem sabe que centenas de homens a devorarão em sua mente hoje. Mas depois eu penso: Talvez ela saiba. Para ser honesto eu não sei a verdade. A verdade sobre porque ela escolhe se vestir assim. Tudo que eu preciso saber é que como ela se apresenta para o mundo é uma isca para enrascar minha mente pecaminosa e eu preciso evitá-la a qualquer custo. Há garotas ignorantes e garotas bem informadas. Para as garotas ignorantes: Por favor, peça a seu pai para examinar seu guardaroupa. Ele é homem, e sabe mais do que você sobre essa questão. Para as moças que não seguem o padrão do mundo: obrigado, um milhão de vezes. Vocês estão seguindo os mandamentos bíblicos e ajudando seus irmãos no processo. Há algo que eu gostaria de falar para as mulheres na igreja: Deus criou a igreja para ser um lugar de descanso para os Cristãos, para ser um lugar em que as pessoas encontram Deus sem as distrações do mundo. É decepcionante quando entro na igreja ou no evento da igreja e tenho que lidar com as mesmas tentações que enfrento no mundo. Se elas tivessem ideia do que passa pelas mentes dos homens, isso provavelmente mudaria muito a sua maneira de se vestir. Mas eu me alegro sempre que vejo uma moça que está tentando servir ao Senhor e ajudando os rapazes vestindo-se modestamente! Vocês não têm ideia do quão doce é quando vejo uma mulher que decidiu não exibir seu corpo como a cultura ordena que ela faça. Mas decidiu que servir ao Senhor e a seus irmãos é mais importante. Glória a Deus por mulheres assim! Que sejamos uma igreja com homens que são comprometidos com a pureza e mulheres que são comprometidas com a modéstia".Praias e Piscinas - Padre Luiz Fernando Pasquotto

" (...) No último sermão foram lançados os princípios que devem dirigir o modo com que devemos nos vestir. Isto nos faz tratar, então, das praias e piscinas. Agora que conhecemos os princípios apresentados no último domingo, a questão das praias e piscinas torna-se fácil de ser avaliada. Mas um sermão tratando diretamente desta questão se mostra necessário. Por quê? Porque, por mais espantoso que possa parecer, a confusão das consciências chegou a uma dimensão tão grande que até os melhores católicos, com famílias numerosas (e, portanto, fidelíssimas aos deveres que assumiram diante de Deus no dia do casamento), com grande conhecimento da doutrina e dotados de grande zelo apostólico, não vêem mal algum no modo como as pessoas fazem uso atualmente das piscinas e praias.
Entretanto, o magistério eclesiástico e os moralistas já trataram desta questão, com grande clareza, inclusive. A verdade é que estas instruções foram largamente ignoradas e, hoje, é praticamente impossível encontrar alguém que não vá às piscinas e praias. Com raríssimas exceções, praticamente todos os católicos vão. Afirmar que haja um grande problema no modo como as pessoas frequentam estes lugares hoje é colocar-se como alvo de críticas garantidas. Por isso, ainda que os princípios expostos no último domingo sejam claros, veremos o que disseram o magistério eclesiástico e os teólogos sobre a questão, para que nossas conclusões não sejam vistas como opinião pessoal exagerada e rigorista, mas fique amparada e sustentada pela autoridade dos bispos e de excelentes teólogos: "Quem vos ouve, ouve a mim" (S. Lucas 10, 16).
Hoje cometem-se gravíssimos escândalos nas praias e piscinas. Em 1954 a Sagrada Congregação do Concílio (que hoje é a Congregação para o Clero) escreveu uma carta aos bispos do mundo inteiro, na qual se lê: "Ninguém desconhece, com efeito, como, principalmente durante o período de verão, em qualquer lugar que seja, contemplam-se espetáculos que não podem deixar de ofender a vista e o espírito de quem não renunciou à virtude cristã e ao humano pudor. Não só nas praias e nos lugares de veraneio, mas também em quase toda a parte, nas ruas das cidades, privada e publicamente, e, com freqüência, mesmo também nas igrejas, generalizou-se um vestuário indigno e desavergonhado, que põe a juventude – facilmente inclinada ao vício – em gravíssimo perigo de perder sua inocência, máximo ornamento, e o mais precioso, de sua alma e de seu corpo".
O grande desprezo pela modéstia cristã nestes lugares levou o bispo de Cádiz-Ceuta, Dom Tomás Gutiérrez Díez, a escrever uma Carta pastoral aos seus fiéis em 21 de julho de 1951, dizendo que "a realização de banhos mistos [isto é, com a presença de homens e mulheres no mesmo lugar] deve ser proibida para qualquer pessoa cristã". De modo semelhante, em 8 de julho de 1950, Dom Antonio García y García, Arcebispo de Valladolid, escrevia também uma diretriz pastoral para seus fiéis: "(...) que todos os nossos fiéis saibam: 1) Que todas as roupas de banho devem sempre ser honestas, e que o maiô certamente não o é; 2) Que todos aqueles que nas praias ou fora delas exibem a nudez provocativa pecam com um duplo pecado de imodéstia e de escândalo. E é sabido o que disse Jesus Cristo a respeito do escandaloso: Mais valeria que se lhe colocasse uma pedra de moinho ao pescoço e lhe atirassem no fundo do mar. É forte a sentença que o Mestre divino formulou sobre os escandalosos. 3) Que as praias em que se banham juntamente homens e mulheres, e a nudez é provocativa, constituem de si ocasião de pecado grave para aqueles que a freqüentam. 4) Que nas praias deve haver completa separação de sexos para aqueles que estejam em traje de banho. Se esta separação não existe, ninguém pode estranhar que homens e mulheres sejam mutuamente objeto de tentação e de perigo para a limpeza de suas almas. 5) Que é muito doloroso e lamentável que as pessoas que nas praias se distinguem por sua imodéstia não sejam somente as mundanas, livres e atrevidas ou duvidosas, mas também outras dadas, exteriormente ao menos, à piedade, e às vezes as que comungam com freqüência e têm seu nome ligado às instituições beneficentes ou piedosas."
As vestes usadas e a excessiva liberdade destes lugares constituem um perigo imenso: "Quem ama o perigo, nele perecerá" (Eclesiástico 3, 27). Além disso, não se pode pensar que tal perigo diminui com o hábito, porque nas pessoas, especialmente nos jovens, o espetáculo contínuo de praias e piscinas, ainda que talvez não leve a pecados naqueles momentos, enfraquece sempre o pudor natural e faz com que uma pessoa comece a se permitir, com facilidade, muitas pequenas faltas, que levam a faltas maiores. Assim, as paixões não diminuem, mas aumentam em tais lugares, e o relaxamento espiritual é uma consequência certa.
O Episcopado argentino, preocupado também pela onda de imoralidade nestes temas, ditou em junho de 1933, um Decreto que diz: "Considerando com grande dor de nossas almas os gravíssimos danos espirituais que leva ao povo cristão a difusão da imoralidade pública em todas as suas manifestações; e tendo presente as instruções e decretos emanados da Santa Sé durante estes últimos anos; além disso, querendo estabelecer em alguns pontos normas práticas e concretas, que sirvam tanto aos fiéis como aos diretores de almas para ajustar os costumes externos de uma vida verdadeiramente cristã: Os Bispos, reunidos para velar pelo bem das almas que Nos foram destinadas, estabelecemos que não são conformes com a conduta cristã: 1) (...) a mistura simultânea de sexos nas piscinas públicas de natação e em certas diversões em que o traje é completamente inadequado (...)".
O I Sínodo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, convocado, presidido e promulgado pelo Cardeal Dom Jaime de BarrosCâmara em 1949, diz no artigo 499: "A frequência a praias ou piscinas públicas não pode deixar de ser veementemente condenada como atentatória à moral, salvo quando houver a possibilidade de conciliar-se: a) lugar discreto, ou hora não frequentada indistintamente por todos; b) traje decente; c) companhia escolhida, e nunca mista". O mesmo ensinamento havia sido dado antes pela Sagrada Congregação do Concílio na instrução de 12 de janeiro de 1930, n. 3 (AAS XXII, p. 23) e em duas cartas pastorais escritas pelo mesmo Cardeal, em 2 de fevereiro de 1947 e 11 de fevereiro de 1948.
Dom Antônio de Castro Mayer, no seu "Catecismo de verdades oportunas que se opõem a erros contemporâneos", publicado em Campos no dia 6 de janeiro de 1953, apresentou a proposição seguinte como condenável: "Constitui moralismo retrógrado proibir aos fiéis a frequentação de bailes, dancings e piscinas. Alimentados pela piedade litúrgica, eles podem frequentar esses ambientes sem temor, e aí praticar o apostolado de infiltração irradiando o Cristo com sua presença" (proposição 11). Contra esta afirmação ele afirma que "não há espiritualidade que imunize o homem contra o perigo das ocasiões próximas e voluntárias de pecado, das quais deve abster-se ainda que com grave prejuízo". E completa: "O apostolado exercido com risco próximo da salvação é temerário e não pode contar com as bençãos de Deus".
No mesmo documento ele apresenta outra proposição como condenável: "Não se devem proibir decotes, maiôs, e outros modos de trajar que mostrem muito o corpo, pois o corpo é bom em si mesmo, foi criado por Deus, e não precisa ser escondido" (proposição 54). Esta proposição será classificada por ele como sendo de um "naturalismo visceralmente anticatólico".
Os banhos entre pessoas do mesmo sexo devem guardar as regras de decência e dignidade nos modos, trajes, etc. Os roupas de banho devem ser de tal tecido e cor que não se tornem justas e transparentes. Elas não podem ser causa de escândalo e tentação para as outras pessoas. Não é lícito a um católico ir a piscinas públicas, por causa da presença indistinta de homens e mulheres em pouco espaço físico, frivolidade, leviandade e liberdade excessiva que o ambiente favorece. Para o banho nas piscinas privadas, deve-se respeitar sempre a separação entre homens e mulheres e, em casas de família, entre os irmãos a não separação dos sexos pode ser lícita na infância.
Poderíamos citar aqui, ainda, os padres Antonio Arregui e Antonio Royo-Marin, que falam explicitamente das piscinas e praias em seus manuais de moral, repetindo o que já citamos da parte dos bispos.
Muitas vezes ouvimos argumentos que defendem a ida a estes lugares, e aqui responderemos a alguns.
a) Mas, padre, eu vou a estes lugares com boa intenção. Eu respondo que esta boa intenção precisa ser examinada. Que intenção boa é essa, que não se conforma às regras fundamentais da modéstia e da temperança? Além disso, admitindo que a intenção seja reta, de se divertir sem malícia, ela não pode mudar de nenhum modo a natureza das coisas, não pode fazer que o que é mau, moralmente, seja bom. Se as circunstâncias que o rodeiam são más não é lícito ir a estes lugares.
b) Há jovens que são muito piedosos, que frequentam os sacramentos, que vão à Missa todos os domingos e, contudo, vão à piscina e à praia. Ir nestes lugares é, na melhor das hipóteses, pôr-se em perigo próximo de pecado grave sem necessidade. Ir à praia e ser verdadeiramente piedoso é tão impossível como fazer um círculo quadrado. Além disso, alguém deve se perguntar: depois de ter ido a esses lugares, tenho mais vontade de rezar? Tenho grandes desejos de virtude? Volto para casa em paz com a minha consciência e com Deus? Sinto-me "melhor" depois de ter dado ocasião de pecado grave aos outros e de ter me exposto a estas ocasiões, muitas vezes cedendo? A piedade e a praia são absolutamente incompatíveis.
c) Há alguns sacerdotes que nada dizem sobre a praia, e inclusive que afirmam que não há pecado. É possível que existam e, se é assim, estão erradíssimos. Esses tais não são nem bons sacerdotes nem bons confessores, e são responsáveis por todo o mal que nasce destes conselhos.
d) Mas eu sou o único que não vou. Então dê graças a Deus por ser o único que no dia seguinte poderá despertar com a consciência tranquila por não ter pecado indo a esses lugares, por não ter-se colocado em ocasião voluntária de pecar gravemente. Lembrem-se sempre: "Tudo passa, Deus não muda".
e) Mas é melhor deixar as pessoas em estado de semi-ignorância, para evitar a malícia. Quem diz isso mostra que não sabe do que fala. Para a teologia moral a semi-ignorância não existe, e não conhecemos nenhum moralista que utilize esse termo em nenhum caso. O que existe é a ignorância, que não pode ser presumida no comportamento que se tem hoje nas praias. As instruções pastorais citadas neste sermão só mostram que os bispos zelosos, ao instruir o povo, não pensavam que poderiam criar malícia onde não havia...
Não é difícil ver que todos estes argumentos, e muitos outros, não vão até a raiz do problema. São, finalmente, um pano que esconde uma doença mais profunda. É fácil não ir à praia. Basta não ir. Mas, assim como os doentes são fracos e não conseguem fazer esforço, do mesmo modo, quando o espírito do mundo infeccionou uma alma, quando a alma está doente pelo espírito da gozação de vida, qualquer coisinha por Deus é um peso insuportável.
A verdade é que hoje, na prática, é muito difícil conseguir reunir todas as condições necessárias para que se possa ir à praia ou à piscina. Se for possível, não há problema. Mas um bom católico não discute sobre o limite do que é permitido e do que é proibido; deve ter a sua norma de conduta orientada pela sua fé. Deve deixar que todo o seu exterior transpareça a vida divina que leva na sua alma. Não deve se conformar com o comportamento dos mundanos. Além disso, será justamente nos tempos atuais, quando a Igreja passa por problemas incalculáveis, que ficaremos estendidos como lagartos ao sol, nas praias, sem fazer nada? Não se aplica perfeitamente aqui o que Nosso Senhor nos diz no Evangelho da missa hoje: "Por que estais aqui todo o dia ociosos? (…) Ide vós também para a minha vinha." ?
Há dezenas de opções de diversões que não ofendem a Deus, mas todos os anos milhões de pessoas vão à praia, sem preocupação alguma de que ofenderão a Deus e terão que dar contas a Ele do que fazem. A verdade é que os homens podem ter mudado, mas Deus não mudou. Tenhamos bem claro que a agonia de Nosso Senhor no Getsêmani foi feita também por toda esta falta de modéstia atual, que Nosso Senhor via e que o fazia sofrer muito, vendo estas milhões de almas que, séculos depois, não se preocupariam em crucificá-lo com algo que é tão fácil evitar, porque basta não ir. Não fiquemos ociosos quando agora o Corpo Místico de Nosso Senhor sofre tanto. Utilizemos nosso corpo para lucrarmos o salário da vida eterna que Ele nos promete se trabalharmos com diligência na Sua vinha.
44 x 4 – Venceu a verdade.
Fratres in Unum entrevista Andreia Medrado, pró-vida engajada, que nos fala sobre a Ideologia de Gênero e a atuação da militância católica paulista que culminou, no último dia 25, com a eliminação dessa nefasta tese do Plano Municipal de Educação.
Primeiramente, obrigado por nos atender, professora Andreia. Poderia se apresentar brevemente a nossos leitores, falando também de sua trajetória no movimento pro-vida?

Andreia Medrado e o vereador de São Paulo Ricardo Nunes.
Sou católica e professora. Tenho estado mais ativamente ligada ao movimento pró-vida desde 2013, quando o PLC 03/2013 estava em tramitação. O Projeto, na prática, legalizaria o aborto até o nono mês. A partir de então fui apresentada aos estudos sobre o tema e pude ver que todas as ações relacionadas ao aborto, eutanásia, ideologia de gênero eram um pacote de estratégias para a completa instauração da cultura da morte no mundo.
Em que consiste a ideologia de gênero e como ela vem buscando se impor mundo afora, em particular no Brasil?
A ideologia de gênero consiste em uma quebra da realidade, por assim dizer. Tal ideologia promove um desprezo pela biologia do ser humano alegando que não se nasce homem ou mulher, mas que isso é construído social e culturalmente. Seu maior intento, no entanto, é a destruição total e sistemática da família. Uma vez que se extermina a identidade do ser humano e o papel do homem e da mulher, extingue-se, consequentemente, o conceito de família. Em outras palavras, a identidade de gênero é uma construção ideológica de que não há homem ou mulher mas que se é algo. É a “coisificação” do ser humano.
É uma ideologia que nasce apoiada na filosofia marxista de lutas de classes, onde a primeira opressão de uma classe por outra surge com a do sexofeminino pelo masculino. A partir dos anos 70, as feministas adotam esse discurso e passam a querer a extinção das barreiras sexuais (homens/mulheres – adultos/crianças). Só nos anos 90 que a ideóloga Judith Butler introduz o tema no âmbito político-filosófico. Ajudou a aparelhar a Organização das Nações Unidas com ongs feministas.
Quem são os grandes interessados na implantação dessa ideologia e por que tamanho empenho que, aliás, é pouquíssimo compartilhado pela sociedade civil?
Os grandes interessados na implantação dessa ideologia são as grandes fundações internacionais, especialmente a Fundação Ford, que foi a responsável principal pelo aparelhamento da ONU, durante as conferências internacionais de 94 e 95 (Cairo e Pequim). Numa estratégia de controle comportamental e governo hegemônico mundial, essas fundações gastam rios de dinheiro com reengenharia social. É uma tentativa de dominaras leis, o consenso e destruir o direito natural.
Não conformados com a eliminação da questão de gênero no Plano Nacional de Educação, seus promotores manobraram para ressuscitar essa ideologia nos planos estaduais e municipais. Como o Poder Legislativo de estados e municípios tem se posicionado?
O que temos percebido durante as visitas aos parlamentares é que muitos deles não sabiam sequer definir “gênero”, e julgavam como mais uma palavra que significasse alguma medida contra a discriminação ou mesmo um sinônimo para “sexo”. Quando explicamos, pautados em argumentos e principalmente nos próprios ideólogos de gênero, percebemos que, automaticamente, eles entendem e se posicionam contrários a tal ideologia.
Aqui em São Paulo, os vereadores entenderam bem o conceito de gênero, perceberam seu perigo e o quão nefasto e monstruoso ele é. E o resultado das votações em todo o Brasil confirma que isso não se deu só aqui; uma rápida busca nos municípios que já votaram seus Planos Municipais de Educação mostra que 98% deles rejeitaram a ideologia de gênero. Isto nos diz muito a respeito da postura de nossos parlamentares e nos diz, mais ainda, de que a Verdade é, de fato, a força que move o mundo. Bastou dizer a verdadeira intenção dessa macabra ideologia e os olhos se abriram.
Claro que tivemos alguns discordantes, mas vê-se bem a militância na causa. Três casos em específico nos chamaram à atenção: o vereador Toninho Vespoli (Psol), a vereadora Juliana Cardoso (PT) e o vereador Netinho de Paula (PCdoB). O vereador Netinho de Paula, que se diz um defensor e grande representante da periferia paulista, ignorou a voz dos diversos moradores da Zona Sul que se pronunciaram contra o gênero (moradores, inclusive, que o ajudaram a se eleger). A vereadora Juliana Cardoso e o vereador Toninho Vespoli passaram as duas votações alegando que eram católicos e católicos de uma “igreja inclusiva”, como a que é “promovida pelo Papa Francisco”. A vereadora chegou a mostrar um slide no qual o Sumo Pontífice aparecia segurando uma bandeira do orgulho lgbt (o que todos sabemos ser uma montagem). Juliana terminou seu discurso citando Zé Vicente, famoso compositor da teologia da libertação, deixando claro, portanto, a quem serve e de onde ela veio. No que depender dos católicos de verdade, esses vereadores jamais serão reeleitos.
Ontem, então, ocorreu a votação do Plano Municipal de Educação da cidade de São Paulo. Como transcorreu a votação e o embate entre os defensores da cultura da vida e os da cultura da morte?
Por questões regimentais, alguns PLs (Projeto de Lei) requerem mais de uma votação para que haja o que eles chamam de tempo necessário para a discussão, o debate do tema. Foi o caso do PL 415/2015, o PME – Plano Municipal de Educação. Então, tivemos ontem a segunda e definitiva votação do Plano.
Pouco antes das 9h já chegavam famílias de toda a cidade. Vinham com camisetas brancas e bandeiras em favor da vida e da família. Logo chegaram também os militantes lgbt.
Até o momento da votação, as pessoas permaneceram diante do trio elétrico, enquanto se apresentavam bandas católicas, Padres, Vereadores e Deputados federais alertando o povo contra o perigo da ideologia de gênero e pela necessidade de combate à cultura da morte.
Às 15h, o presidente da Câmara Antônio Donato deu início à votação. O vereador Eliseu Gabriel havia proposto um substitutivo. Contudo, o executivo enviou seu próprio substitutivo que foi votado pelos vereadores. Alguns vereadores propuseram emendas, mas estas foram derrubadas em bloco e por 44 votos a 4, a família paulistana ficou livre da ideologia de gênero no Plano Municipal de Educação.
No fim, venceu a verdade.
Como você avalia a atuação dos membros da Igreja nessa batalha? Quem estava presente e quem deveria estar, mas se omitiu?

Militância católica em peso na votação do PME de São Paulo.
A Igreja volta a debelar o erro! É incrível como o clero se posicionou diante dessa ideologia alertando os fiéis, falando sobre o tema! Mais de dez bispos no Brasil inteiro se manifestaram contra a ideologia de gênero, e a partir daí, o trabalho foi o de formar as pessoas.
Tanto a Arquidiocese de São Paulo quanto a do Rio de Janeiro (entre algumas outras dioceses) têm-se mobilizado para a promoção de seminários sobre a ideologia de gênero. Esses seminários têm o propósito de formar pais, professores e catequistas sobre o tema que ainda parece um pouco confuso para algumas pessoas. E graças às dioceses e aos bispos que tão bem entenderam o perigo que correm nossas famílias, as pessoas têm buscado aprender sobre o assunto. Sem o apoio de nossos bispos, não teríamos conseguido nada disso.
Em cada votação que olharmos, veremos a presença da Igreja. Acredito que Cuiabá, Brasília e São Paulo são as que mais podemos notar isso, entretanto, basta ver o quanto os católicos principalmente têm falado sobre o assunto. Os Bispos e os Padres me lembraram Padre Antônio Vieira, nesses últimos meses: pregando a verdade e denunciando o erro! É revigorante ver isso, de novo! Relembro aqui o discurso de Dom José González Alonso, bispo diocesano de Cajazeiras, PB, que de maneira firme, denunciou a ideologia na Câmara dos vereadores em Cajazeiras.
Não me lembro já ter visto tantos movimentos da Igreja juntos como nessas votações: IPCO, Novas Comunidades, RCC, Carmelitas, Legionários, Verbo Encarnado, Aliança de Misericórdia, Opus Dei, Administração Apostólica, Padres Diocesanos, Apostolado da Oração. Foi, de fato, um novo sopro sobre a Igreja e as pessoas puderam perceber que há uma luta gigantesca a ser lutada, e só poderemos vencê-la se estivermos juntos!
Mas há algo que quero ressaltar: é importante que saibamos que os vereadores e deputados muitas vezes não saibam realmente do que se trata ou quais os perigos essas políticas ideológicas trazem. Eles só poderão nos ajudar se formos até eles. Muitas vezes, esses parlamentares só terão acesso à verdade através de nós. E para isso é preciso que estudemos, que busquemos a verdade acima de tudo. Que não tenhamos medo de perder o que temos em troca da verdade! A verdade, meus irmãos, é a força que move o mundo! Que isso não nos engrandeça, de modo algum, mas que aumente em nós a consciência de nossa responsabilidade em propagar uma cultura da vida. E só se instaura uma cultura da vida se exterminarmos, definitivamente, a cultura da morte vigente.
São Teodoro Studita e o “Sínodo do adultério”.
Por Roberto de Mattei
Com o nome de “Sínodo do adultério”, entrou para a História da Igreja uma assembleia de bispos que no século IX quis aprovar a prática do segundo casamento após o repúdio da esposa legítima. São Teodoro Studita (759-826) foi um dos que mais vigorosamente se lhe opuseram, sendo por isso perseguido, preso e exilado três vezes.
São Teodoro Studita
Tudo começou em janeiro de 795, quando o imperador romano do Oriente (basileus) Constantino VI (771-797) encerrou sua esposa Maria de Armenia em um convento e iniciou uma união ilícita com Teodota, dama de honra de sua mãe Irene. Poucos meses depois, o imperador fez proclamar Teodota “augusta”, mas não tendo conseguido convencer o patriarca Tarasius (730-806) a celebrar o novo casamento, encontrou finalmente um ministro complacente no hegúmeno José, abade do mosteiro de Kathara, na ilha de Itaca, que abençoou oficialmente a união adúltera.
Nascido em Constantinopla no ano de 759, São Teodoro era então monge no mosteiro de Sakkudion, na Bitinia, cujo abade era seu tio Platão, também venerado como santo. O injusto divórcio produziu – informa ele numa carta – uma profunda comoção em todo o povo cristão: concussus est mundus (… Ep II, n 181, PG, 99, coll 1559-1560CD), o que o levou a protestar energicamente com São Platão em nome da indissolubilidade do vínculo. O imperador deve ser considerado adúltero – escreveu – e, portanto, o hegúmeno José deve ser considerado gravemente culposo, por ter abençoado adúlteros e os ter admitido à Eucaristia. “Coroando o adultério” o hegúmeno José se opôs ao ensinamento de Cristo e violou a Lei de Deus, asseverou (Ep. I, 32, PG 99, coll. 1015 / 1061C). Para Teodoro, também o patriarca Tarasius deveria ser condenado, pois embora não tivesse endossado o novo casamento, havia se mostrado tolerante, evitando excomungar o imperador e punir o padre José.
Essa atitude era típica de um setor da Igreja do Oriente, que proclamava a indissolubilidade do matrimônio, mas na prática mostrava uma certa submissão em relação ao poder imperial, semeando confusão nas pessoas e provocando o protesto dos católicos mais fervorosos. Baseando-se nos escritos de São Basílio, Teodoro alegou o direito dos súditos de denunciar os erros do próprio superior (Epist. I, n. 5, PG, 99, coll. 923-924, 925-926D), e os monges de Sakkudion romperam a comunhão com o patriarca, por sua cumplicidade com o divórcio do imperador. Estourou assim a chamada “questão moicheiana” (de moicheia = adultério), que colocou Teodoro em conflito não só com o governo imperial, mas com os próprios patriarcas de Constantinopla.
Este é um episódio pouco conhecido, sobre o qual o Prof. Dante Gemmiti levantou o véu alguns anos atrás, numa cuidadosa reconstrução histórica baseada em fontes gregas e latinas (Teodoro Studite e la questioni moicheiana, LER, Marigliano 1993), confirmando como no primeiro milênio a disciplina eclesiástica da Igreja do Oriente ainda respeitava o princípio da indissolubilidade do casamento.
Em setembro de 796, Platão e Teodoro foram presos com certo número de monges do Sakkudion, internados e depois exilados a Tessalônica, aonde chegaram em 25 de março 797. Em Constantinopla, no entanto, o povo julgava Constantino um pecador que continuava a dar escândalo público e, alentado pelo exemplo de Platão e Teodoro, aumentava sua oposição a cada dia.
O exílio durou pouco porque, na sequência de uma conspiração de palácio, o jovem Constantino foi cegado pela mãe, que assumiu sozinha o governo do império. Irene chamou de volta os exilados, que mudaram para o mosteiro urbano de Studios, juntamente com a maioria da comunidade de monges de Sakkudion. Teodoro e Platão se reconciliaram com o patriarca Tarasio que, após a chegada de Irene ao poder, havia condenado publicamente Constantino e o hegúmeno José pelo divórcio imperial.
O reinado de Irene foi breve. Em 31 de outubro de 802, um de seus ministros, Nicéforo, depois de uma revolta palaciana, proclamou-se imperador. Pouco depois, quando morreu Tarasio, o novo basileus fez eleger Patriarca de Constantinopla um alto oficial imperial também chamado Nicéforo (758-828). Em um sínodo convocado e presidido por ele, em meados do ano 806, Nicéforo reintegrou em seu ofício o hegúmeno José, deposto por Tarasio. Teodoro, que se tornara chefe da comunidade monástica de Studios após Platão se retirar para a vida de recluso, protestou energicamente contra a reabilitação do hegúmeno José, e quando este último recomeçou a exercer o ministério sacerdotal, rompeu a comunhão com o novo patriarca.
A reação não tardou. Studios foi ocupado militarmente, Platão, Teodoro e seu irmão José, Arcebispo de Tessalônica, foram presos, condenados e exilados. Em 808 o imperador convocou outro sínodo, que se reuniu em janeiro de 809. Foi essa assembléia sinodal que, em uma carta de 809 ao monge Arsênio, Teodoro definiu como“moechosynodus”, ou seja, o “Sínodo do adultério” (Ep. I, . 38, PG 99, coll. 1041-1042c). O Sínodo dos Bispos reconheceu a legitimidade do segundo casamento de Constantino, confirmou a reabilitação do hegúmeno José e anatematizou Teodoro, Platão e seu irmão José, que foi deposto de seu cargo de Arcebispo de Tessalônica.
Para justificar o divórcio do imperador, o Sínodo utilizava o princípio da “economia dos santos” (tolerância na práxis). Mas para Teodoro nenhum motivo podia justificar a transgressão de uma lei divina. Baseado nos ensinamentos de São Basílio, de São Gregório Nazianzeno e de São João Crisóstomo, ele declarou privada de fundamento bíblico a disciplina da “economia dos santos”, segundo a qual em algumas circunstâncias se podia fazer o mal em nome da tolerância para um mal menor – como neste caso do casamento adúltero do imperador.
Poucos anos depois, na guerra contra os búlgaros (25 de Julho 811), morreu o imperador Nicéforo, subindo ao trono outro funcionário imperial, Miguel I. O novo basileus chamou Teodoro de volta do exílio, tornando-o um de seus mais escutados conselheiros. Mas a paz durou pouco. No verão de 813, os búlgaros infligiram uma gravíssima derrota a Miguel I em Adrianópolis, e o exército proclamou imperador o chefe dos anatólios, Leão V, conhecido como “o Armênio” (775-820). Quando Leão depôs o patriarca Nicéforo e condenou o culto às imagens, Teodoro assumiu a liderança da resistência contra a iconoclastia. Teodoro de fato se destacou na História da Igreja não somente como adversário do “Sínodo do adultério”, mas também como um dos grandes defensores das imagens sagradas durante a segunda fase da crise iconoclasta.
Assim, no Domingo de Ramos de 815, foi possível assistir a uma procissão dos mil monges de Studios dentro de seu mosteiro, mas bem visíveis, portando os ícones sagrados e cantando solenes aclamações em sua honra. A procissão, contudo, provocou a reação da polícia. Entre 815 e 821, Teodoro foi açoitado, preso e exilado em vários lugares da Ásia Menor. Finalmente pôde voltar a Constantinopla, mas não ao seu próprio mosteiro. Então ele se estabeleceu com seus monges no outro lado do Bósforo, em Prinkipo, onde morreu em 11 de novembro 826.
O “non licet” (Mt 14, 3-11) que São João Batista opôs ao tetrarca Herodes pelo seu adultério, soou várias vezes na História da Igreja. São Teodoro Studita, um simples religioso que ousou desafiar o poder imperial e as hierarquias eclesiásticas da época, pode ser considerado um dos patronos celestes daqueles que, ainda hoje, em face das ameaças de mudança da prática católica sobre o casamento, têm a coragem de repetir um inflexível non licet.
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